Atualmente, 8,9% dos brasileiros foram diagnosticados com diabetes, segundo dados da última pesquisa Vigitel, realizada em 2016 pelo Ministério da Saúde. Esse número pode parecer pouco, mas ele corresponde a mais de 18 milhões de pessoas e representa um aumento de 61,8% nos últimos 10 anos (em 2006, a porcentagem era de 5,5% da população no Brasil). O avanço do diabetes é motivo de preocupação em vários países, tanto que há uma data dedicada ao assunto: o Dia Mundial do Diabetes, em 14 de novembro.
A doença é caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue, devido a deficiências na produção ou no funcionamento do hormônio insulina. Em estágios avançados, o diabetes pode prejudicar a circulação sanguínea e provocar problemas em vários órgãos, levando à cegueira, falência renal, amputação de membros inferiores, ataques cardíacos, entre outros malefícios. “Felizmente, a maioria dos casos podem ser prevenidos, ou ao menos controlados, com bons hábitos alimentares e prática regular de atividades físicas”, afirma o nutricionista Daniel Novais.
“A obesidade é um dos principais fatores de risco para o diabetes, sendo que mais da metade dos brasileiros está acima do peso”, alerta o profissional. Ele recomenda evitar alimentos açucarados, refinados e frituras, cortar o excesso de carboidratos e de sal e dar preferência para carnes magras e alimentos integrais. Também é preciso cuidado com os produtos diet, eles não devem ser consumidos à vontade. “Apesar de não conterem açúcar, eles podem ter uma grande quantidade de calorias e de sódio”, ressalta Daniel.
Um lado positivo é que nem sempre é preciso apelar para medicamentos e injeções de insulina. “Em quadros menos graves e na diabetes gestacional, é possível regular a glicemia somente com a dieta e exercícios físicos. No caso das mães, o aleitamento materno reduz a chance de desenvolver diabetes no pós-parto”, explica o nutricionista.
Para evitar problemas graves com o diabetes, é fundamental fazer exames regularmente e ter o acompanhamento de especialistas. “Além do endocrinologista, há outros profissionais que ajudam muito no tratamento e na prevenção de complicações, como o nutricionista e o oftalmologista”, indica Daniel.
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