Mais um ano termina, e muitos jovens que estão concluindo o Ensino Médio ficam na dúvida sobre qual a melhor carreira profissional a seguir, com tantas opções de cursos. Além disso, tem também a estabilidade que é adquirida no setor público, e muitos preferem deixar a graduação em segundo plano, e mergulhar de cabeça nos estudos voltados para concursos públicos.
Segundo a coordenadora pedagógica do preparatório IMP, Ranil Aguiar, é visível a crescente procura dos jovens pelos cursos para concursos. “O objetivo de quem deixa a graduação para depois, é alcançar primeiro sua independência e estabilidade financeira, para só então ir atrás da realização profissional. Para uma pessoa na casa dos 20 anos, na maioria das vezes solteira e sem filhos, um salário de 2 a 8 mil, que é a média oferecida às vagas de nível médio, já é o suficiente para suas necessidades”.
E os mais novos possuem muitas vantagens nessa preparação. Eles já estão com ritmo e rotina de estudos em dia. Além disso, segundo a coordenadora, nas provas do Cespe, eles possuem a vantagem de, durante o Ensino Médio, se voltarem muito para o vestibular da UnB. Assim, eles já estão acostumados à tensão de provas, inclusive para o Enem, e têm uma ideia do perfil de questões que costumam cair, e do sistema de que um erro anula um acerto.
Ranil aponta que inclusive pode ser uma boa alternativa para quem não sabe realmente que carreira seguir. É o caso de pessoas que ingressam em um curso superior qualquer, mas não sabem se realmente gostam da carreira. “Os jovens recém formados no Ensino Médio têm dificuldades para iniciar a vida profissional na área privada, que normalmente exige experiência e é muito competitiva. No setor público a competitividade também é grande, mas abre oportunidades para todos, inclusive para aqueles sem experiência profissional”, ressalta.
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