quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Instituto Butantan inicia testes da 1ª vacina brasileira da dengue no Distrito Federal

1,2 mil voluntários participarão dos ensaios clínicos no Centro de Saúde de São Sebastião, no Distrito Federal, último dos 14 centros no país a iniciar os estudos

O Instituto Butantan, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e um dos maiores centros de pesquisa biomédica do mundo, iniciará, hoje (21), os testes clínicos em humanos da primeira vacina brasileira da dengue no Distrito Federal. Com o início dos estudos na capital federal, um total de 14 centros de cinco regiões do país já realizam os testes clínicos (em humanos).

Cerca de 1,2 mil pessoas com idade entre 2 e 59 anos deverão participar do estudo no Centro de Saúde Nº 01 de São Sebastiãono Distrito Federal, que integra a terceira e última etapa de testes antes de a vacina ser submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que possa ser produzida em larga escala pelo Butantan e disponibilizada para campanhas de imunização em massa na rede pública de saúde em todo o Brasil.

Os ensaios clínicos serão conduzidos pelo Núcleo de Medicina Tropical da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o Hospital Universitário de Brasília e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, sob a responsabilidade do pesquisador Gustavo Romero. 
“A participação do Distrito Federal no estudo reveste especial importância considerando que a região vem sendo afetada a cada ano com maior intensidade por dengue. A realização da pesquisa é especialmente valiosa para fortalecer a capacidade de realização de ensaios clínicos de grande porte, tendo como base a parceria entre Universidade de Brasília e a rede pública de atenção à saúde no Distrito Federal”.

Ao todo, os testes envolverão 17 mil voluntários em 13 cidades nas cinco regiões do Brasil (confira a lista completa abaixo). Podem participar do estudo pessoas saudáveis, que já tiveram ou não dengue e que se enquadrem em três faixas etárias: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos. 

Os participantes do estudo são acompanhados pela equipe médica por um período de cinco anos para verificar a eficácia da proteção oferecida pela vacina. Os testes clínicos acontecerão no Centro de Saúde 01, na região administrativa de São Sebastião. 

Os voluntários que tiverem interesse em participar dos testes podem entrar em contato com a equipe do projeto de pesquisa diretamente no Centro de Saúde No. 1 de São Sebastião.

A vacina do Butantan, desenvolvida em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), é produzida com vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos.
“Com os vírus vivos, a resposta imunológica tende a ser mais forte, mas, como estão enfraquecidos, eles não têm potencial para provocar a doença. A vacina deve proteger contra os quatro sorotipos da dengue com uma única dose”, explica o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil.

Nesta última etapa da pesquisa, os estudos visam comprovar a eficácia da vacina. Do total de voluntários, 2/3 receberão a vacina e 1/3 receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito. Nem a equipe médica nem o participante saberão quais voluntários receberam a vacina e quais receberam o placebo. O objetivo é descobrir, mais à frente, a partir de exames coletados dos voluntários, se quem tomou a vacina ficou protegido e quem tomou o placebo contraiu a doença.

Os dados disponíveis até agora, das duas primeiras fases, indicam que a vacina é segura e que induz o organismo a produzir anticorpos de maneira equilibrada contra os quatro vírus da dengue e que é potencialmente eficaz.
 “A dengue é uma doença endêmica no Brasil e em mais de 100 países. A vacina brasileira produzida pelo Butantan, um centro estadual de excelência reconhecido internacionalmente, será certamente uma importante arma de prevenção, protegendo nossa população contra a doença e suas complicações”, afirma o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip.

Histórico

Em 2008, o Instituto Butantan firmou parceria de colaboração com o NIH, passando a desenvolver, no Brasil, uma vacina similar a uma das estudadas pelo instituto americano, composta pelos quatro tipos de vírus da dengue.

Um dos grandes avanços do Butantan no desenvolvimento da vacina foi a formulação liofilizada (em pó), que garante a estabilidade necessária para manter os vírus vivos em temperaturas não tão frias, permitindo seu armazenamento em sistemas de refrigeração comum, como geladeiras, além de aumentar o período de validade da vacina (um ano).

Nas etapas anteriores, a vacina foi testada em 900 pessoas: 600 na primeira fase de testes clínicos, realizada nos Estados Unidos pelo NIH, e 300 na segunda etapa, realizada na cidade de São Paulo em parceria com a Faculdade de Medicina da USP (através do Hospital das Clínicas e do Instituto da Criança) e com o Instituto Adolfo Lutz.

Ter a vacina desenvolvida e produzida por um produtor público nacional é uma vantagem competitiva para o Brasil, pois garante a disponibilidade do produto, permitindo a autossuficiência produtiva, além de garantir preços mais acessíveis.

Confira abaixo as cidades contempladas pelo estudo e os centros de pesquisa que convidarão e acompanharão os voluntários da vacina da dengue do Butantan:

REGIÃO NORTE
CIDADE
CENTRO DE PESQUISA
Manaus (AM)
Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado
Porto Velho (RO)
Centro de Pesquisas em Medicina Tropical de Rondônia
Boa Vista (RR)
Universidade Federal de Roraima

REGIÃO NORDESTE
CIDADE
CENTRO DE PESQUISA
Aracaju (SE)
Universidade Federal de Sergipe
Recife (PE)
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães – Fiocruz Pernambuco
Fortaleza (CE)
Universidade Federal do Ceará

REGIÃO CENTRO-OESTE
CIDADE
CENTRO DE PESQUISA
Brasília (DF)
Universidade de Brasília
Cuiabá (MT)
Universidade Federal do Mato Grosso
Campo Grande (MS)
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

REGIÃO SUDESTE
CIDADE
CENTRO DE PESQUISA
São Paulo (SP)
Faculdade de Medicina da USP
Santa Casa de Misericórdia
São José do Rio Preto (SP)
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto 
Belo Horizonte (MG)
Universidade Federal de Minas Gerais

REGIÃO SUL
CIDADE
CENTRO DE PESQUISA
Porto Alegre (RS)
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul



Sobre o Instituto Butantan
Vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o Instituto Butantan é um dos principais produtores de imunobiológicos do Brasil, responsável por grande parte da produção nacional de antivenenos e antitoxinas bacterianas e virais, além de grande volume da produção nacional de vacinas utilizadas no Programa Nacional de Imunizações - PNI, do Ministério da Saúde. A instituição se destaca pelo desenvolvimento de estudos e pesquisas, básicas e aplicadas, relacionados direta ou indiretamente com a saúde pública nas áreas da Biologia, Biomedicina e Biotecnologia. O Butantan mantém importantes coleções zoológicas e também promove atividades culturais e de ensino, relacionadas à educação formal e não formal, com foco na difusão do conhecimento científico.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Final de ano exige mais atenção com a saúde

O ritmo mais intenso de trabalho, típico do final do ano, emite um alerta ao estresse dos trabalhadores que, nesta época, pode gerar ou agravar os desequilíbrios na alimentação, no sono e na saúde mental. O alerta é da Associação de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional, que reúne as maiores empresas de medicina do trabalho do país. 

“No final do ano há o risco do exagero: atividades de trabalho que podem exigir o aumento da jornada diária, os excessos na alimentação e, por vezes, na ingestão de bebidas alcoólicas, além da redução das horas de sono tão necessárias para a recuperação do organismo”, destaca Paulo Zaia, diretor da AGSSO.  Além do comprometimento da qualidade de vida do trabalhador e do custo para o Estado, há a perda de competitividade para as empresas. “Por isso é fundamental que o médico do trabalho alerte o trabalhador e a empresa assim que identificar os primeiros sinais do desequilíbrio na relação saudável entre trabalho e vida pessoal. Sanar as causas e investir em ergonomia, avaliando itens relacionados a organização do trabalho, pode evitar o desenvolvimento de doenças”, destaca. “Muitas vezes as causas envolvem a distribuição das tarefas e os processos com que elas são tratadas nas organizações”, descreve. 

Sobre as alterações de saúde mental, encabeçadas principalmente pelos distúrbios de ansiedade, hoje são um dos maiores grupos de doenças a gerar afastamento previdenciários. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social, transtornos mentais e comportamentais foram a quarta causa de afastamento previdenciário de janeiro a junho de 2016. 

Mas o que nem todos lembram é que o estresse também é um fator benéfico ao desenvolvimento de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, seja ele profissional ou pessoal. “Os estímulos estão sempre presentes e é por isso mesmo que todos devemos investir no autoconhecimento contínuo e nas atividades de relaxamento do dia a dia, que trazem o equilíbrio mental e o bem estar”, alerta Zaia. 

Estimular o desenvolvimento pessoal dos trabalhadores, além de avaliar a implantação de programas de assistência ao empregado (EAP, em inglês), podem aumentar o grau de resiliência e a resistência aos momentos de maior stress na vida diária. Esses programas são suporte a desequilíbrios pontuais dos trabalhadores, e até de seus dependentes – dependendo da abrangência da contratação do programa, atuando na área da psicologia, das finanças e até mesmo na área jurídica. Trazem orientações rápidas aos indivíduos e encaminham, caso necessário, a profissionais referenciados para solução dos problemas. Com isso as empresas esperam que o trabalhador tenha menos preocupações extra profissionais no horário do trabalho e, por consequência, atuem com a totalidade de sua capacidade e produtividade. 

Sobre a AGSSO – a Associação de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional reúne as maiores empresas desse segmento que, juntas, cuidam de 2,5 milhões de trabalhadores, beneficiando um universo de 6 milhões de pessoas.  Os serviços prestados pelas empresas associadas contribuem para a prevenção de doenças e de acidentes, criando ciclos positivos que começam com a segurança e saúde do trabalhador, elevam sua qualidade de vida, bem-estar e motivação, provocam melhoria da produtividade no trabalho e do clima organizacional, e trazem maior competitividade para as empresas.  Outras informações: www.agsso.org.br


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Chás para todos os gostos e objetivos

Eles podem ajudar a curar uma gripe ou a emagrecer, a tratar problemas digestivos ou a relaxar — as propriedades são inúmeras, variando de acordo com os ingredientes. Além disso, são bons substitutos para bebidas mais calóricas, como refrigerantes e sucos. Sim, tomar chá é um ótimo hábito para incorporar na alimentação. Na hora de escolher, uma dica é ir ao Eleve Mercado Saudável (708 Norte). Ele oferece várias opções, que cabem na rotina de cada um: desde os práticos chás solúveis às ervas puras.

Um dos mais procurados é o chá verde, conhecido pelo efeito termogênico, ou seja, por acelerar o metabolismo e facilitar o emagrecimento. Uma boa opção é utilizar os produtos solúveis, que são preparados de forma rápida (basta misturar uma porção com água fria ou quente) e geralmente são mais concentrados que o chá feito por infusão das plantas. Eles também contam com a adição de fibras, vitaminas e minerais e tem pouquíssimas calorias. Um copo do chá da marca Pholias (R$ 62,20, o pote) tem somente 9 kcal. Outra variedade é o matcha (R$ 55,95 a R$ 62,20) feito com a mesma planta do chá verde, a camellia sinesis, mas com as folhas mais novas. Assim, ele possui mais clorofila e outros nutrientes.

Para quem busca alimentos orgânicos, uma indicação são os sachês da marca Tribal. Eles têm matérias-primas produzidas sem agrotóxicos e são isentos de conservantes, aromatizantes e corantes artificiais. Há vários sabores, entre eles: o de capim-limão, maracujá e melissa (R$ 24,65) é ideal para relaxar após um dia agitado, enquanto o de açaí e guaraná (R$ 24,65) é perfeito para ganhar mais disposição; há também o Hibiscus Lime (R$ 21,60), que inclui hibisco, erva-mate e limão, e o Mate chai (R$ 20,85), de erva-mate e especiarias, com inspiração nos chás indianos.

Outros sachês de alta qualidade são da Chá Mais e da Twinings. Um exemplo de sabor é o Sublime Leveza (R$ 6,00), da Chá Mais, que contém carqueja, funcho, abacaxi, hortelã, boldo, sálvia e noz-moscada. A mistura tem propriedades que aliviam problemas digestivos. No Eleve, também sobram opções de plantas e ervas puras. Exemplos são o anis-estrelado (R$ 6,00), muito indicado para gripes; a cana-do-brejo (R$ 6,00), com efeito diurético; e a cavalinha (R$ 6,00), conhecida por estimular o processo de cicatrização de feridas.

Serviço
Eleve Mercado Saudável
Endereço: 708/709 D Loja 7 - Asa Norte, Brasília - DF
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h; sábado, das 8h às 18h
Telefone: 3045-0707 / 3024-9221


Eleve
Chá Capim Limão

Eleve
Chá Ibiscus Lime

Eleve
Chá Sublime Leveza

Eleve
Chá Sublime Noite 
Eleve
Chá Pholias Nat


sábado, 26 de novembro de 2016

Último fim de semana de novembro traz datas especiais de prevenção ao câncer

Além da campanha novembro azul (de prevenção ao câncer de próstata), este mês tem duas datas que também visam conscientizar sobre tumores malignos. O Dia Nacional de Combate ao Câncer ocorre em 27 de novembro e, um dia antes, 26, a Sociedade Brasileira de Dermatologia organiza mais uma edição do Dia C – Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele. “Esse é o tipo de câncer mais comum e muitas vezes é negligenciado”, alerta o dermatologista Erasmo Tokarski.

O especialista explica que existem duas categorias principais de tumores na pele. “O não melanoma é o mais frequente e tem baixa letalidade. Ele atinge a epiderme, a camada mais externa da pele. Já o tipo melanoma é raro, porém mais agressivo. Ele ataca os melanócitos, as células que produzem o pigmento melanina, e tem grandes chances de metástase, ou seja, de se espalhar para outras partes do corpo.”

Para 2016, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima a ocorrência de 175.760 casos de não melanoma e 5.670 de melanoma no Brasil. No Distrito Federal, a previsão é de 2.870 casos para o primeiro tipo e de 100 para o segundo. “Os cuidados com a prevenção são fundamentais para diminuir a incidência do câncer de pele. Alguns dos fatores de risco são a exposição solar exagerada e bronzeamento artificial. Também há aspectos que não podemos controlar, por exemplo, ter histórico da doença na família e ter pele clara, que é mais sensível a radiação solar”, destaca Tokarski.

Ele descreve os sinais que precisam de atenção. “Uma boa dica é a regra do ABCDE. Você precisa consultar um médico se tiver uma pinta ou mancha que seja Assimétrica, tenha Bordas irregulares, alterações na Cor, Diâmetro maior que 6 milímetros e apresente Evolução ou modificação ao longo do tempo.”

O tratamento pode incluir cirurgia para retirada do tumor (podendo ser feita com laser, bisturi, congelamento e fototerapia, entre outras técnicas), medicamentos de uso tópico e radioterapia, dependendo da gravidade do quadro. “Mesmo em casos mais simples, é importante ir logo a um profissional especializado. O câncer pode provocar lesões, geralmente nas áreas mais expostas do corpo, e gerar problemas estéticos, prejudicando a imagem e a autoestima do paciente”, afirma o dermatologista.

Veja mais dicas para prevenção:
  • Usar filtro solar diariamente e reaplicar o produto a cada duas horas, nas atividades de lazer ao ar livre, ou a cada quatro horas no dia a dia. Uma boa frequência para a rotina cotidiana é aplicar o protetor de manhã antes de ir ao trabalho e reaplicar antes de sair para o almoço. 
  • Utilizar chapéus, óculos escuros, roupas com fator de proteção e guarda-sol;
  • Ir ao médico caso surjam pintas ou manchas suspeitas, que coçam, ardem, descamam, sagram ou mudam de cor e tamanho, e feridas que demoram mais de quatro semanas para cicatrizar.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Low carb e Velashape: dupla para reduzir a gordura corporal

Os dias têm ficado cada vez mais quentes, já anunciando a estação mais ensolarada do ano. Para curtir o verão ao máximo, é importante sentir-se bem consigo mesmo, sem medo dos biquínis e sungas. Uma estratégia é aliar cuidados com alimentação a tratamento estéticos. Essa união, inclusive, ajuda a garantir resultados mais duradouros. Se o objetivo for perder gordura corporal, boas opções são as sessões de Velashape III e as dietas low carb.

- Estética
O Velashape III é a última geração desse tipo de equipamento. Ele é indicado para reduzir gordura localizada, celulite, flacidez e retenção de líquidos. “Ele quebra as células de gordura, que depois são eliminadas pelo organismo. Essa versão mais nova tem uma potência maior”, explica o dermatologista Erasmo Tokarski.
Para atingir esse efeito, o Velashape combina quatro recursos ao mesmo tempo: LED infravermelho, que aquece o tecido até uma profundidade de 3 milímetros (mm); radiofrequência, que atinge uma profundidade de 20 mm; roletes mecânicos, para massagear o corpo; e vácuo, que intensifica e focaliza a energia nas áreas tratadas, como abdômen, glúteos, coxas e braços.

“Antes, existiam equipamentos a vácuo que provocavam um pouco de flacidez, porque usavam uma pressão muito forte. Hoje, o vácuo é empregado na medida certa, servindo para aprofundar os efeitos do equipamento e melhorar a circulação”, comenta o especialista.

Geralmente, são realizadas quatro sessões de duração de uma hora, dependendo do objetivo de cada caso, com periodicidade quinzenal. O tratamento não apresenta efeitos colaterais e não precisa de tempo de repouso.

- Nutrição
Houve um tempo em que as gorduras eram consideradas as grandes vilãs do emagrecimento. Hoje, a história é diferente. O objetivo de muitas pessoas tem sido diminuir a ingestão de carboidratos, por meio das dietas low carb. E a razão principal é justamente perder gordura.

O nutricionista Daniel Novais explica essa relação: “Os carboidratos são responsáveis por fornecer glicose, uma das nossas maiores fontes de energia. O problema é que, em excesso, ela é armazenada na forma de gordura.” É por isso que uma das melhores formas de ‘secar’ não é cortar os alimentos gordurosos e sim diminuir os carboidratos. "Quando eles faltarem, o corpo vai utilizar a gordura como fonte de energia", descreve. A proposta low carb é priorizar as proteínas e boas fontes de lipídeos.

Outro benefício é evitar os picos de glicose. "Muitos carboidratos têm um alto índice glicêmico, ou seja, eles são digeridos rapidamente e aumentam de forma mais brusca a taxa de glicose no sangue. Assim, a pessoa sente fome mais cedo", afirma o nutricionista. Ele acrescenta que, além de prolongar a saciedade, o low carb pode ser recomendado para pessoas que precisam de um cuidado extra com o açúcar no sangue, como é o caso dos diabéticos.

Mix de frutas têm elevado IG e devem ser consumidas antes ou depois das atividades físicas

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Reclamar deixa cérebro preguiçoso

Queixar-se do que incomoda é normal. Quando vira rotina, é sinal de que a saúde não anda nada bem


Ser um reclamão crônico pode afetar sua saúde. A negatividade que esgota suas energias no final do dia prejudica não só o emocional como o físico também. Reclamações constantes criam um gatilho de fuga para o cérebro. A repetição faz com que diante de um problema o primeiro impulso seja de reclamar, deixando para segundo plano procurar uma solução.

Um estudo realizado pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, concluiu que reclamar demais prejudica o funcionamento de neurônios do hipocampo, parte da massa cinzenta que cuida da resolução de problemas, do funcionamento cognitivo e da memória.

“Reclamar acaba sendo a saída mais fácil, principalmente, em uma rotina muito estressante. Os efeitos desse comportamento vai além de prejudicar o convívio social e profissional. O hábito pode causar subterfúgios para desistências e aumentar a irritabilidade diária”, explica a psicóloga Lia Clerot.

A pesquisa também descobriu que muitas das reclamações não têm propósito. Ao invés de entrarem em contato para reportar defeito em um produto, por exemplo, 95% dos consumidores falam mal da empresa para oito a 16 pessoas. O estresse continua do mesmo jeito, sem ao menos ter uma solução.

O que você pode fazer para tirar a reclamação de vez da sua vida? A especialista Lia Clerot dá algumas dicas. Veja:

Respire fundo
A maioria das pessoas são guiadas pelo impulso. É um hábito alimentado pela ansiedade do dia a dia. Em algumas situações tensas, respiramos bem fundo para responder alguém que nos contrariou. A ideia é dar a mesma pausa antes de reclamar de imediato. Isso vai forçar uma reflexão rápida do contexto geral, evitando que se gaste energia com o que não é necessário.

Espelho
Tente se colocar no lugar do outro ou se livrar de vez dos julgamentos. Toda relação é um espelho. O que recebemos do outro pode ser um reflexo do que somos. Não é uma verdade absoluta, mas assumir uma postura solidária pode ajudar a entender melhor as pessoas com quem convivemos.   

Lado bom
Tente tirar uma lição positiva de todos os problemas que surgem. Isso é o mais difícil. O bom humor é o seu aliado nesta tarefa e a experiência o resultado de todas as ações, algo que ninguém tira de você. Manter o otimismo ajuda a superar os desafios diários.

Agradeça
Ao exaltar o que lhe aconteceu de bom no dia, o que foi ruim terá um peso menor. O costume é relembrar por dias ou até mesmo meses um acontecimento negativo. Esse hábito faz parecer que a vida é mais pesada do que deveria ser. Todos têm problemas para resolver, mas, mesmo que o agradecimento do dia seja o seu próprio término, já é um bom motivo para respirar aliviado ao ver que ficou no passado.

Sobre Lia Clerot
Especializada em Terapia Familiar Sistêmica, em coaching ontológico e o curso de formação do ICI - Integrated Coaching Institute. Lia Clerot comanda o programa de entrevistas Vida em Conexão, na Rede Gênesis. Ministra palestras pelo país para públicos que chegam a milhares de ouvintes por evento. Fala sobre moda, comportamento, qualidade de vida, autoestima, relacionamentos e outros temas que a colocam como uma forte referência por sua abordagem atual e direta.

Psicóloga
Lia Clerot


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

“Outubro Rosa” chega para alertar sobre os riscos do câncer de mama

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, perdendo apenas para o de pele não-melanoma. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 58 mil novos casos devem ocorrer em 2016.  Com o objetivo de alertar para a doença e para a importância do diagnóstico precoce, o movimento internacionalmente conhecido como “Outubro Rosa” vem ganhando cada vez mais adesão de diversos segmentos da sociedade.

“É provável que uma em cada nove ou dez mulheres receba esse diagnóstico se viver até os 90 anos”, alertam os oncologistas Dra. Daniele Assad e Dr. Carlos dos Anjos, do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês — Unidade Brasília. De acordo com eles, o câncer consiste em uma proliferação descontrolada de células que eram anteriormente normais, em um processo decorrente de mutações no DNA. “Entre os tipos mais comuns de câncer infiltrante estão o carcinoma ductal e o carcinoma lobular. O primeiro surge dos ductos mamários, estruturas que transportam o leite do local de produção até o mamilo. E o segundo, dos lóbulos mamários, local de produção do leite”, explicam.

Outro fator que preocupa os especialistas é o alto índice de mortes decorrentes da doença: dados do INCA apontam que esse é o tipo de câncer que mais leva as brasileiras a óbito. “Isso se deve ao grande número de novos casos, ao diagnóstico tardio causado pelo rastreamento inapropriado. Em países onde o rastreamento foi adequadamente implementado, como nos Estados Unidos, nota-se uma queda da mortalidade desta doença ao longo das últimas décadas”, explica Dra. Daniele. O atraso no início do tratamento e o difícil acesso à terapia multimodal (quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo) também podem ser apontados como possíveis causas de piora dos prognósticos.

Apesar de ser uma doença muito mais comum em mulheres, uma pequena parcela dos homens também desenvolve o câncer de mama. “Os casos em homens ocorrem com frequência de 50 a 100 vezes menor que a observada em mulheres”, explica Dr. Carlos dos Anjos. De acordo com o oncologista, o aumento da exposição a estrogênios ao longo da vida aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de mama. Isto também é uma verdade para homens. “Aqueles que apresentam aumento da exposição a estrogênios por diversos fatores (reposição hormonal, insuficiência hepática, obesidade, uso de maconha, entre outros) terão o risco de câncer de mama aumentado”, alerta.

Diagnóstico precoce e autoexame
Um dos principais alertas da campanha “Outubro Rosa” é para a importância do diagnóstico precoce, que pode ajudar a mudar os altos índices de mortes provocados pela doença. “Sem dúvida alguma, o diagnóstico precoce pode impactar nas estatísticas de mortalidade. Há uma forte correlação entre o volume da doença inicial, diagnóstico e o desfecho, morte ou recaída da doença. Isso é o que chamamos de estadiamento inicial. Quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico, maior a chance de cura”, aponta Carlos.

As mulheres que têm mais de 40 anos devem estar ainda mais atentas. “O simples envelhecimento é um fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama. Mesmo nos países onde os exames complementares são mais acessíveis, o rastreamento inicia-se apenas aos 40 anos. Porém, esta recomendação deve ser ajustada para pacientes que tenham no histórico familiar um fator de risco para câncer de mama”, afirma o oncologista.
O autoexame, apesar de ter um papel secundário no diagnóstico precoce, deve ser considerado. “Não desencorajamos a realização do autoexame, mas ele definitivamente não substitui a consulta, avaliação médica e os exames complementares”, alerta a oncologista Daniele Assad. De acordo com a médica, “o autoexame da mama, deve ser feito aproximadamente no sétimo dia após o início da menstruação, momento no qual a mama está menos inchada e dolorida, facilitando o procedimento. Deve-se procurar por assimetrias importantes, imagens de nodulações, alterações cutâneas ou saída de secreção pelo mamilo”.

Alta tecnologia ajuda no diagnóstico e tratamento
A tecnologia tem sido uma grande aliada, tanto na descoberta do câncer quanto no combate à doença. A tomossíntese mamária, também conhecida como mamografia 3D é um exemplo disso.  Estudos têm demonstrado que o uso combinado da tomossíntese com a mamografia 2D tem aumentado as taxas de detecção de câncer.

“Esta tecnologia minimiza os efeitos da sobreposição do tecido mamário e fornece melhor detalhamento de achados mamográficos não calcificados. O câncer de mama pode se apresentar de diferentes formas. Por exemplo, a distorção arquitetural tem um valor preditivo positivo para câncer de aproximadamente 60%. É um achado frequentemente melhor identificado pela tomossíntese. A caracterização de massas quanto à sua forma e margens também é melhor realizada pela tomossíntese”, explica a radiologista especialista em mamografia do Centro de Diagnósticos do Hospital Sírio-Libanês — Unidade Brasília, Dra. Ana Cecília Scultori.

Ainda de acordo com ela, essa nova tecnologia também beneficia os pacientes em outros aspectos. “A tomossíntese possibilita uma melhor visualização do tecido mamário, com o potencial de reduzir o número de reconvocações de pacientes (fator que freqüentemente gera ansiedade nos pacientes), e de melhorar a seleção de pacientes candidatas à biópsia”, afirma.

Esteja atento aos fatores de risco:
  • Peso – Estar acima do peso aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de mama em até 30%, especialmente em mulheres pós-menopausa;
  • Exposição estrogênica ao longo da vida – quanto maior a exposição a estrogênios ao longo da vida, maior o risco de desenvolver câncer de mama. Esta variável pode ser influenciada por idade de início dos ciclos menstruais (quanto mais precoce maior o risco); idade da menopausa (quanto mais tarde maior o risco); número de filhos (quanto maior o número menor o risco); período de amamentação dos filhos (quanto maior o período menor o risco); reposição hormonal (quanto maior o período de reposição, maior o risco); entre outros;
  • Histórico familiar – ter parentes com histórico de câncer de mama e/ou ovário, sobretudo parentes de primeiro grau, aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de mama.  Quanto maior o número de parentes portadores da doença, maior o risco. Quando há um número grande de familiares com estes diagnósticos (mama/ovário) e especialmente se a doença ocorreu em fases precoces da vida (abaixo dos 50 anos) é recomendado aconselhamento genético à família, que verifica a probabilidade de uma doença genética ocorrer;
  • Hábitos de vida – sedentarismo, grande ingestão de bebida alcoólica e tabagismo são fatores que incrementam o risco de surgimento de câncer de mama.
  • Boa parte das variáveis que aumentam risco de câncer de mama não são modificáveis, ou são de difícil modificação. No entanto, alguns hábitos, como estar dentro do peso, praticar atividade física regular, se alimentar adequadamente, não fumar e não ingerir bebida alcóolica em excesso, podem ajudar na prevenção.

Certos alimentos podem prevenir ou desacelerar o crescimento dos tumores. Pesquisas mostraram que se enquadram nessa categoria os seguintes produtos: vegetais verdes (couve, rúcula, brócolis, agrião etc), frutas vermelhas e roxas (framboesa, mirtilo, morango, açaí, romã, etc), vegetais e frutas alaranjados e vermelhos (mamão, laranja, pêssego, damasco, cenoura, tomate, abóbora, pimentão, etc), especiarias (curcumina, pimenta do reino), chá verde, azeite de oliva, nozes, abacate e limão.