Considerado referência mundial no combate a doenças infecciosas, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde distribui, anualmente, cerca de 300 milhões de medicamentos imunobiológicos. Também conhecidos como modificadores de reposta biológica, eles englobam 27 tipos de vacina, 13 soros e quatro imunoglobinas que são distribuídas à população em mais de 36 mil salas de saúde por todo o País.
Todo esse trabalho começou há décadas e, como resultado, o Brasil conseguiu erradicar doenças como a varíola, que teve o último caso registrado no País em 1971, e a poliomielite, em 1989. Isso reflete o processo gradativo de crescimento da imunização gratuita e em massa que é promovida aqui desde 1973, quando o PNI foi criado.
O Dia Nacional da Imunização celebrado nesta sexta-feira, 09 de junho, reforça a necessidade da vacinação como método de prevenção e de cuidado coletivo de toda a população. “A vacinação se destina a conferir ao organismo um estado de resistência, ou seja, de imunidade contra determinadas enfermidades infecciosas”,explica o infectologista do hospital Santa Luzia da Rede D’Or São Luiz, Leandro Machado.
O médico explica que a imunização pode ser dividida em dois tipos, ativa e passiva. “A imunidade ativa é a proteção conferida pela estimulação antigênica do sistema imunológico com o desenvolvimento de uma resposta humoral - produção de anticorpos - e celular ”, elucida o infectologista. Esta ‘contaminação’ pode ocorrer por infecção natural ou pelo uso de vacina.
Já a imunização passiva é obtida pela transferência ao individuo de anticorpos produzidos por um animal ou outro ser humano. “A imunidade passiva natural é o tipo mais comum de imunidade passiva, sendo caracterizada pela passagem de anticorpos da mãe para o feto por meio da placenta e também pelo leite. Mas, todos os tipos de imunização disponíveis, sejam ativas ou passivas, são importantes”, completa Leandro.
Tipos de vacina
Segundo o especialista, no Brasil, temos dois tipos de vacinas, a de micro organismo vivo atenuado, que engloba doenças como sarampo, caxumba, rubéola, varicela, febre amarela, pólio oral (Sabin), BCG e a vacina inativada, que inclui raiva, pólio (Salk), hepatite A, hepatite B, Pertussis, difteria, tétano, pneumococo, meningococo, Haemophilus tipo b e a Influenza.
CAMPANHA CONTRA A GRIPE INFLUENZA É ESTENDIDA PARA TODA A POPULAÇÃO
É importante lembrar que a campanha de vacinação contra a gripe influenza, promovida pelo Ministério da Saúde, foi estendida para toda a população desde a última segunda-feira, 5 de junho . A vacina protege contra os vírus H3N2, Influenza B e H1N1. Devem ser imunizadas crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, idosos com 60 anos ou mais, indígenas, gestantes, mulheres que tiveram bebês no máximo a 45 dias, presidiários, agentes prisionais, portadores de doenças crônicas, profissionais de saúde e professores.
Segundo balanço do Ministério, até o final da campanha, 423,891 mil pessoas haviam sido vacinadas no Distrito Federal. O público alvo da campanha no estado é de 551,8 mil pessoas, desse total, 76,81% foram vacinadas. A medida de extensão para a população só é válida neste ano porque ainda há um estoque de 10 milhões de doses.
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