Até o início de fevereiro, escolas públicas e particulares do DF retomam o ano letivo. Pais e alunos, após cerca de dois meses de férias, terão que se readequar à rotina escolar. De acordo com a educadora Lucia Andrade, diretora do Colégio Logosófico de Brasília, é importante que crianças e adolescentes passem por um período de readaptação, para que voltem motivados a nova etapa escolar.
Na reta final das férias, a última semana antes do retorno escolar, é crucial. A família deve conversar sobre o novo ciclo, e retomar a rotina. É importante que os pais estimulem os filhos, mostrando pontos positivos do retorno como, por exemplo, rever os colegas de classe. A educadora Lucia destaca algumas dicas para facilitar o retorno à rotina de estudos.
Confira algumas dicas:
- Combine horários para dormir e para acordar. É importante que as crianças tenham uma boa noite de sono, para que o rendimento escolar não caia.
- Volte a fazer as refeições nos horários habituais. Durante as férias, é normal que algumas refeições sejam puladas, ou feitas fora do horário. Retome a rotina alimentar.
- Uma semana antes da volta às aulas, organize o material escolar e prepare o uniforme. É o momento para começar a se familiarizar com o que será utilizado ao longo do ano. É interessante que os pais permitam que os filhos os ajudem a arrumar a mochila.
- Se o seu filho costuma ir e voltar para a escola sozinho, o oriente a andar sempre em grupo, e não andar sozinho em locais sem movimento.
- Para crianças entre 2 e 3 anos, é recomendado que os pais cheguem à escola com a criança no chão, não no colo, isso facilitará a despedida e o acolhimento da professora.
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Para evitar maiores traumas, o segredo é conversar. Segundo a psicóloga familiar Lia Clerot, os pais podem colaborar para que seus filhos se preparem para um bom retorno às atividades escolares. “Pais e educadores precisam estar juntos nessa hora para que o trabalho de cada um seja complementado pelo outro”, explica Lia.
A profissional sugere algumas medidas que podem ser adotadas pelas famílias, neste início de ano letivo. Entre elas, a mudança gradativa do horário de férias, geralmente meio bagunçado, porque o sono pode atrapalhar ainda mais o retorno da criança para a escola.
Ao contrário do que possa parecer, a tranquilidade da criança no primeiro dia de aula não depende dela, mas da confiança dos pais. “Muitas vezes eles ficam com medo de deixar a criança na escola, e sem querer transfere esta insegurança e sensação de abandono para seu filho”, explica a psicóloga. Para resolver este problema, é recomendável visitar a escola, antes da matrícula. E nos dias que antecedem o início das aulas é interessante levar o filho para que ele conheça a sala que vai estudar. “Quando a criança conhece o ambiente de ensino junto dos responsáveis, a facilidade de adaptação aumenta, pois os pequenos sentem que seus pais aprovam o local”, comenta Lia.
Para os estreantes na escola, a atenção deve ser redobrada. Afinal o primeiro dia de aula, muitas vezes pode trazer traumas aos que não estão preparados para encarar um novo ambiente, com pessoas totalmente desconhecidas. A insegurança toma conta dos pequeninos e se os pais não souberem como prepará-los, as consequências podem ser imprevisíveis. Além do problema do primeiro dia de aula, outro motivo de preocupação dos pais é a troca de escola. Neste caso, a criança é retirada de um ambiente onde já está adaptada. Segundo Lia Clerot, a solução é sempre o diálogo e estabelecer uma relação de confiança na decisão que foi tomada pelos pais.
“Eles devem exaltar os pontos positivos do novo colégio, como os novos amigos, a nova professora e quais atividades serão realizadas, mostrando as vantagens da troca”. Na realidade, explica o psicólogo, toda mudança é difícil, mas elas são necessárias. “Durante toda vida elas terão que se sujeitar a transformações e se as crianças não aprenderem a lidar com isso desde já, mais para frente terão muitas dificuldades para se adaptar ao novo”, acrescenta.
“Eles devem exaltar os pontos positivos do novo colégio, como os novos amigos, a nova professora e quais atividades serão realizadas, mostrando as vantagens da troca”. Na realidade, explica o psicólogo, toda mudança é difícil, mas elas são necessárias. “Durante toda vida elas terão que se sujeitar a transformações e se as crianças não aprenderem a lidar com isso desde já, mais para frente terão muitas dificuldades para se adaptar ao novo”, acrescenta.
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Psicóloga Ana Lia Clerot |
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